Você está aqui: Página Inicial > Adm. Indireta > FAPESQ > Notícias > Programa Ciência na Escola formará pesquisadores na Educação Básica

Notícias

Programa Ciência na Escola formará pesquisadores na Educação Básica

Ciência na Escola Ensino Médio Pesquisa

 

Há uma grande diferença entre fazer ciência e consumir ciência. Fazer e consumir tecnologia. Professores universitários, pesquisadores e pessoas responsáveis por políticas públicas no Brasil concordam que o ato de fazer ciência deve estar mais presente no cotidiano das escolas de Ensino Fundamental e Médio. Uma forma de preencher essa lacuna é o Programa Ciência na Escola (PCE), uma novidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para incentivar a pesquisa entre os adolescentes. E o Governo da Paraíba, pela Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia (SEECT), junto com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e as unidades do Instituto de Ciência e Tecnologia Federal da Paraíba (IFPB), preparam uma proposta ampla que beneficiará estudantes e professores das Escolas Estaduais Cidadãs Integrais, dos IFs e da UFPB em João Pessoa, Campina Grande, Sousa e Cajazeiras.

“Percebemos que há algum tempo os jovens deixaram de se interessar pelas áreas das ciências exatas e da natureza e cabe a nós, os docentes universitários, os governos – que elaboram as políticas públicas –, resgatar o que havia dentro das escolas antigamente mas foi perdido ao longo do tempo. Incentivar no aluno a vontade de elaborar hipóteses, descobrir respostas e buscar soluções para os problemas que eles mesmos identificam”, declara o professor Rivete Silva de Lima, do Centro de Ciências Exatas e da Natureza, quem coordena a elaboração da proposta do PCE a ser enviada pela Paraíba, com a colaboração de outros pesquisadores, como Euler Macêdo, vice-diretor do Centro de Energias Alternativas e Renováveis.

Inicialmente, foram lançadas quatro grandes ações do PCE a serem planejadas nos Estados neste ano para começarem nas escolas no ano que vem. A primeira ação é “Institucional”, irá integrar universidades e escolas e dar bolsas de pesquisa para alunos selecionados da oitava e nona séries e dos três anos do Enino Médio e para professores das escolas. A segunda ação se destina aos pesquisadores das universidades e dos IFs. A terceira, incentiva a Olimpíada Nacional de Ciências e a quarta ação é a formação de professores pelo Ensino à Distância (EAD).

Para a Diretora do MCTIC, Maria Zaíra Turchi, a ciência e a tecnologia, com a educação, são decisivas para o desenvolvimento de qualquer nação e do Brasil em particular: “O Brasil faz ciência de ponta, somos o 13º lugar no mundo em produção científica, é uma posição muito importante. Como essa força pode melhorar a educação básica? É isso que colocamos no programa. Esperamos que haja, cada vez mais, a compreensão do papel da ciência na educação básica e o estímulo aos alunos para seguirem a carreira nas áreas científicas e tecnológicas. E também, descobrir nossos talentos”.

Produção de Materiais Escola Papa Paulo VI_ Delmer Rodrigues (5) (1).jpg

O método empregado no programa é a alfabetização científica baseada no conceito do “fazer – aquele que faz”, o que mundialmente é referido pela expressão “maker culture”. “Em outros países há experiências de êxito em programas com esse objetivo ‘mão na massa’. O programa traz nova ênfase para a importância do ensino das ciências. O aprendizado sólido em lógica e em linguagem abre caminho para o conhecimento posterior. Mas a ciência já se faz presente; a matemática é uma ciência. E o método por investigação leva crianças e jovens à descoberta e deve começar nos primeiros anos escolares”, defende Zaíra.

Segundo Rivete Silva de Lima, a proposta a ser enviada para a Chamada Institucional do PCE inclui 60 bolsas de iniciação científica Júnior para os estudantes, no valor de R$ 100,00 mensais durante 24 meses; o professor responsável pelo programa na escola receberá R$ 1.100,00. Participarão 17 escolas. Serão investidos em torno de R$ 4 milhões na Paraíba. Na UFPB, os cursos de Física, Engenharia, Informática, Matemática e Biologia já articularam suas propostas para participar desse projeto. “Uma coisa é construir tecnologia. Outra é usá-la. Nosso desafio é criar tecnologia. Mesmo se o aluno não seguir na área de pesquisa, ao menos ele aprenderá a empregar a tecnologia com eficiência”, esclarece professor Rivete.

Ascom SEECT/Fapesq

Voltar para o topo