Conselheiro Umberto Porto se aposenta e recebe homenagens no TCE-PB
Conselheiros, procuradores, auditores e servidores do Tribunal de Contas do Estado, reuniram-se no final da tarde desta terça-feira (02), no auditório Celso Furtado, no Centro Cultural Ariano Suassuna, para homenagear o conselheiro Umberto Silveira Porto em seu último dia de expediente da Corte de Contas. Foram momentos de emoção que marcaram a despedida do conselheiro, que comemora aniversário nesta quarta-feira, 04 de março. “Não se brinca desse jeito com quem está completando 70 anos de idade”, disse o conselheiro Umberto, emocionado, ao agradecer as manifestações, que começaram com as palavras do conselheiro, decano da Corte, Arnóbio Viana.
“O caráter é um ânimo cândido, sincero e puro. É amigo de todos, inimigo de ninguém. Afável por natureza, mas reservado por obrigação de ofício. É sensível ao divertimento honesto, mas sem uso dele por causa do lugar” disse Arnóbio Viana, ao proferir palavras, frases, versos e sentimentos que somente a verve do poeta inspirado é capaz de discorrer.
O conselheiro Umberto Silveira Porto completou 26 anos de Tribunal de Contas e quase 50 anos trabalhados no serviço público. Na sua trajetória, segundo dados revelados pelo conselheiro Arthur da Cunha Lima, vice-presidente do TCE, ao ser atingido pela compulsória, “…deixa marcas históricas nos anais desta Corte. Como conselheiro, relatou 5.646 processos. Como substituto, 34. Como auditor relatou outros 2.746. São 8.426 pareceres convincentes, fundamentados e dentro do estrito exame da legalidade. Carregarei comigo o orgulho de tê-lo como companheiro”, finalizou o vice-presidente.
Também usou da palavra o conselheiro André Carlo Torres, que ressaltou as qualidades do homenageado, sua simplicidade e sua modéstia, e lembrou do amigo que adquiriu em sua convivência no Tribunal de Contas.
As homenagens seguiram-se com os servidores Ricardo Guedes Medeiros, Raimar Redoval de Melo e Ana Cristina Moreira da Cunha.
Assessoria de Comunicação do TCE-PB
Genésio Sousa/ Fábia Carolino
04.03.2016
Na íntegra as homenagens ao conselheiro Umberto Porto, com fotos:
Discurso do conselheiro Arnóbio Alves Viana
O silêncio é, às vezes, mais eloquente que os discursos.
Alguém já chegou a dizer que só o silêncio é grande: gemer, chorar e orar é tudo igualmente covardia.
Quintana dizia que por mais velho que seja ou mais antigo, nenhum vinho é deveras excelente, quanto aquele que se bebe calmamente com o mais velho e silencioso amigo.
Creiam-me todos…….
Gostaria de, neste momento, ao lado do amigo Umberto, tomar uma taça de vinho e prolongar o silêncio…..
Não posso, nem uma coisa, nem outra.
Cristina, braço direito dos Presidentes, embora com seu jeito angelical, impingiu-me a palavra.
E quanto ao vinho, se eu o tomasse agora, em casa, Georgiana, do alto das opiniões médicas, haveria de repreender-me, e eu responderia como o poeta Manoel de Barros.
“Posso fingir de outro,
mas não posso fugir de mim”
Eu queria era vinho.
Só o vinho com seus eflúvios benfazejos, já dizia um companheiro de bar, traz luzes ao pensamento.
E como eu gostaria de ter luzes no pensamento para não apequenar esta tarde que se anuncia memorável.
Gostaria que os adjetivos me viessem em profusão, muito embora saiba do ensinamento de João Mangabeira, quando dizia que a palavra é o mais inadequado dos instrumentos para se transmitir uma emoção. Talvez um aperto de mão, talvez um abraço, simbolizasse muito mais o que todos sentem nesse instante de despedida. E como ele é forte… Relembro Kierkegaard.
“O instante não é, propriamente, um átono do tempo, mas um átono da eternidade”
Repita-se: este instante é doloroso demais para esta casa.
É o caule de uma árvore, condutor de néctar e seiva, ceifado por uma abrupta e insana machadada jurídica.
O marasmo atávico e endêmico dos nossos legisladores, o sono eterno da incompetência que os envolve, ainda embotam seus cérebros obtusos, não lhes permitindo reconhecer o óbvio, ou seja, que os tempos hodiernos proporcionam aos nossos contemporâneos o prolongamento da vitalidade que a nossos ancestrais não era dado gozar.
Subjuguemo-nos, amigos, ao Império da Lei, embora qual Creonte, dá-nos um vontade imensa de proclamá-la decrepta, noutras palavras, colossal monumento à idiotia caturra!
Tem sido assim esse Brasil de Cabral: As evidências pululam; a racionalidade aconselha; as unanimidades se formam; mas a “burrocancercracia”, qual serpente envolta na presa, imobiliza as inovações; cerceia as criatividades; sufoca as idéias, obliterando os movimentos vivificantes, e pior, insuflando e adubando o comodismo dos charcos – zona de conforto dos incompetentes e seus tentáculos……..
É duro ver nossa árvore sazonalmente ser decepada. Depois que aqui cheguei podaram-nos de um Gleryston; de um Luiz; de um Juarez; de um Mariz; de um Marcos; de um Flávio e, agora de um Umberto.
É tão grande o golpe que, cada vez que nos tiram, parece que nos tiram o maior de todos….
E o que dizer de Umberto?
Ontem à noite, as palavras, os adjetivos, me fugiram escandalosamente, quando num passe de mágica, digamos numa ajuda do além, lembrei-me de um texto escrito há mais de trezentos anos por Matias Aires, que numa espécie de precognição, parece traçar o perfil e o comportamento de Umberto, não só neste Tribunal, mas em toda sua vida:
“Julgador Prudente;
inflexível, sem arrogância,
reto sem aspereza;
modesto sem desprezo;
constante sem obstinação,
incontrastável sem furor;
O caráter é um ânimo cândido, sincero e puro.
É amigo de todos, inimigo de ninguém. Afável por natureza, mas reservado por obrigação de ofício.
É sensível ao divertimento honesto, mas sem uso dele por causa do lugar.
Em tudo moderado, civil, circunspecto; diligente, laborioso e atento, a ninguém é pesada a sua autoridade, e , quando foi promovida a ela, todos conheceram foi justa e acertada a eleição; todos viram que tinham nele um protetor seguro da verdade. Chegou aquele emprego por meio das virtudes, e não por meio das fortunas; um alto merecimento o fez chamar.
E as gentes se admiram não de que fosse chamado, mas de que não o fosse mais cedo. A ele não assombra nem a grandeza dos sujeitos, nem dos lugares, nem das matérias; não atende mais do que à justiça. Esta tem por objeto singular, para esta é que olha.
A razão é sua regra; ele a segue e a aclama em qualquer lugar que a ache.
No seu conceito não valem mais nem o pobre por humilde, nem o grande por poderoso; distingue as pretensões dos homens pelo que elas são e não por de quem são.
Uma vida sem reparo e desordem foi um dos requisitos por onde se habilitou.
O julgador benigno não receia que se saiba a sua vida, que se diga e que se escreva; o seu panegírico só depende da verdade, do encarecimento ou da lisonja, não!; ele mesmo é o seu elogio.
O julgador sincero tem das ciências o que basta para saber julgar, e não o que basta para saber embaraçar. Há alguns que fazem do conhecimento da razão uma ciência imensa, como se fosse necessário arte para conhecer o sol.
O caminho da justiça (para quem tem vontade de andar por ele) é um caminho direito, espaçoso, claro, fácil e aprazível; as flores que o bordam de uma e de outra parte, todas são perpétuas, porque nunca murcham; uma primavera constante as reverdece e alenta.
Finalmente, aquele julgador é verdadeiro só por amor da verdade; é justo só por amor da justiça. Não se desvanece das virtudes que conhece em si; o aplauso só quer que seja da virtude, e não seu.
O louvor quer que se dê a razão, e não a ele”. Eis, sem tirar nem por, Umberto de corpo e alma!
Amigos, aposenta-se Umberto, numa difícil fase da vida nacional. Se o quadro se nos apresenta complexo, nem por isso, devemos professar o niilismo. Miremo-nos, isso sim, na advertência de Pablo Neruda:
“Nosso dever é abrir as mãos e os olhos.
Para sair a contar o que morre e o que nasce.
Não há infortúnio que não se reconstrua.
Construamos o muro, a porta, a cidade:
Comecemos novamente o amor e o aço:
Fundemos outra vez a pátria estremecida”.
Que a Aposentadoria faça de Umberto um militante revigorado. Não vislumbro empecilhos: “Juventude não é tempo de vida é estado de espírito”.
Que a sua reconhecida liderança amplie-se para a alma encantadora das ruas, no dizer de João do Rio.
Que o sonhador de outrora realimente as utopias reprimidas tão imprescindíveis aos combates ingentes.
Que o fulgor de quem contribuiu para combater a ditadura, renasça como as manhãs para orientar nossos jovens, tão anêmicos em seus diálogos, tão abúlicos em seus viveres….
Que a experiência duramente acumulada, não fique inerme, para gaúdio dos maus, nem se autofragmente para acomodação e interesse das carcomidas convenções sociais.
Doravante, sem as amarras jurídicas que o cargo nos impõe, você pode, Umberto, bem alto ao nosso povo gritar. Intrometa-se. Movimente-se e movimente. Você, como dizia meu pai, é uma reserva moral. Siga meu conselho: não aposente nossas esperanças! Volte às lutas e às origens, em toda a sua plenitude.
Aliás dou-lhe uma boa notícia: OS IPÊS DE POCINHOS ESTÃO FLORINDO.
Mensagem do conselheiro Arthur Cunha Lima
Caro amigo, Umberto Silveira Porto
Falar dos 55 dias de sua gestão seria suficiente para ilustrar a honradez e retidão do seu caráter.
Enriquecidos pelos 26 anos como auditor de contas públicas, conselheiro substituto e depois conselheiro, esses ‘quase dois meses’ de presidência desta Colenda Corte de Contas são o coroamento de um “servidor”, na essência da palavra.
Despojado de vaidades, o nobre conselheiro alcançou o mais alto posto deste Tribunal de Contas, por méritos próprios, por sua ilibada conduta profissional e por sua determinação pessoal.
Levaríamos algumas horas discorrendo sobre seu currículo.
Prefiro enfatizar o pioneirismo de sua chegada à presidência e ao comando do Pleno, como primeiro servidor dos quadros deste Tribunal a alcançar tão nobre cargo.
Sua despedida, ao ser atingido pela compulsória, deixa marcas históricas nos anais desta Corte. Como conselheiro, relatou 5.646 processos. Como substituto, 34. Como auditor relatou outros 2.746.
São 8.426 pareceres convincentes, fundamentadas e dentro do estrito exame da legalidade.
Carregarei comigo o orgulho de tê-lo como companheiro.
A maior recompensa pelo nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma.
Parabéns por seu exemplo.
Mensagem da chefe de gabinete da presidência do TCE-PB, Cristina Moreira da Cunha
ANTES DE TUDO PRECISO CONFESSAR UMA COISA, DR. UMBERTO, TUDO ISSO AQUI É MINHA CULPA, MINHA MÁXIMA CULPA, COM A CONIVÊNCIA DE DR. ARTHUR E DE TODOS AQUI PRESENTES.
MUITO ME ORGULHA DIZER QUE TENHO 28 ANOS DE TRIBUNAL, E QUE NA PRESIDÊNCIA ESTOU HÁ 26 ANOS. JÁ TRABALHEI COM TODOS OS PRESIDENTES, DE 1989 ATÉ ESTE MOMENTO, E COSTUMO DIZER QUE, SE ACUMULEI CONHECIMENTO, EXPERIÊNCIA E SABEDORIA PARA ATENDER A CADA UM DOS PRESIDENTES COM SUAS DIFERENTES CARACTERÍSTICAS, FOI GRAÇAS À CONVIVÊNCIA E AO APRENDIZADO QUE HERDEI A CADA GESTÃO QUE SE ENCERRAVA.
NÃO SERIA DIFERENTE COM O SENHOR, EM QUE PESE TER PERMANECIDO TÃO CURTO PERÍODO NA PRESIDÊNCIA DESTA CORTE.
FICARÁ REGISTRADA NOS ANAIS DA PRESDÊNCIA A PASSAGEM DE UM DOS HOMENS MAIS SIMPLES E JUSTOS COM QUEM TIVEMOS O PRAZER DE CONVIVER. SIMPLES, MAS DE GESTOS NOBRES.
AQUI PEÇO UMA PAUSA PARA EXPRESSAR TODO O MEU RESPEITO E ADMIRAÇÃO AOS CONSELHEIROS COM OS QUAIS TIVE A OPORTUNIDADE E HONRA DE TRABALHAR E AO MESMO TEMPO AGRADECER A CONFIANÇA QUE ME FOI DEPOSITADA A CADA GESTÃO QUE SE FINDOU. FALO AQUI NÃO SÓ EM MEU NOME, MAS DE TODA A EQUIPE DO GAPRE, QUE DIARIAMENTE SE IRMANA NOS DESAFIOS, NAS DIFICULDADES E NAS CONQUISTAS: PAULINHO, EMANUELLE, YANKO, SILVANA, ALECSSANDRA, LUCINHA E PETRUCE.
DR. UMBERTO PORTO, SEI QUE O SENHOR NÃO É AFEITO A HOMENAGENS E FESTAS, COMO ME ALERTOU O CONS. ANDRÉ CARLO, MAS ESSA HOMENAGEM NÃO PODERIA DEIXAR DE EXISTIR. JUSTIFICO ISSO PELA PRESENÇA DE TODOS QUE AQUI ESTÃO PARA LHE PRESTAR ESSA JUSTA E ESPONTÂNEA FORMA DE DEMONSTRAR O RESPEITO, A ADMIRAÇÃO E O CARINHO QUE TEMOS PELO CIDADÃO E PELO HOMEM PÚBLICO.
QUERO, EM NOME DO GABINETE DA PRESIDÊNCIA, DIZER QUE O SR. FARÁ MUITA FALTA AO TCE, ESPECIALMENTE AO GAPRE, PORQUE FICOU NOS DEVENDO 675 DIAS COMO PRESIDENTE.
Discurso de Ricardo Guedes Medeiros
Inicialmente, gostaria de pedir permissão ao eminente Conselheiro Umberto Silveira Porto, Presidente de nossa Corte de Contas, para chamá-lo apenas de Umberto. Apesar de usar a primeira pessoa do singular, represento, neste momento, todos os demais colegas que tiveram o privilégio de trabalhar no gabinete do homenageado, seja de forma permanente ou transitória. Faço questão de nominá-los em ordem alfabética: Fabíola, Flávio, Geilda, Gilza, Helena, Kátia, Luzimar, Marquinhos e Raquel. Tenho plena convicção de que todos estes comungam do mesmo pensamento acerca de Umberto.
Durante todo o convívio que tivemos, pude constatar a imensa capacidade intelectual e profissional de Umberto. A sua disposição para o trabalho sempre me impressionou e me serviu de parâmetro de como deve ser a postura de um servidor público, na essência da palavra. Aprendi muito ao seu lado!
Entretanto, os ensinamentos que desfrutei não foram apenas no aspecto profissional. A sua conduta como filho, pai e cidadão marcaram-me também no âmbito pessoal. A forma simples e honesta que caracteriza sua maneira de ser, Umberto, é um exemplo a ser seguido.
Como se sabe, a definição de um ser humano é algo muito complexo, pois envolve a análise de suas virtudes e de seus defeitos, diante do contexto temporal e social que influenciam o seu modo de pensar e de agir. Em relação a Umberto, utilizarei as letras do seu próprio nome para destacar adjetivos que demonstram de forma sucinta o seu perfil:
No caso da letra U, destaquei o adjetivo Urbano, no sentido de cortês.
Já em relação à letra M, o adjetivo é Modesto. Neste caso, faço questão de ler parte da definição de tal adjetivo: “que tem ou mostra humildade ou moderação quanto a seus próprios méritos e importância; sem vaidade, egoísmo ou pretensão; sem ostentação ou extravagância”. Talvez este seja um dos adjetivos que melhor qualifica Umberto.
Letra B – Bondoso.
Letra E – Eficiente.
A situação da letra R é singular. Selecionei o adjetivo Retilíneo, no sentido de correto, honesto e austero. Entretanto, gostaria muito de ter utilizado o adjetivo rubro-negro. Porém, infelizmente Umberto é vascaíno.
Finalizando, letra T – Trabalhador e letra O – Ordeiro.
Umberto, a sua história de vida, iniciada lá em Pocinhos, onde você desfrutava dos banhos de bica proporcionados pelas raras chuvas daquela região, passando pelos diversos cargos ocupados, decorrentes de muito esforço e privações, evidencia algo que meu querido pai sempre me ensinou de que a “nossa maior arma é o estudo”.
Quem melhor definiu a sua trajetória foi a digna Procuradora Geral desta Casa, Dra. Elvira Samara Pereira de Oliveira, em seu discurso proferido na posse de Umberto como Presidente deste Tribunal. Naquela oportunidade, após fazer um breve retrospecto do caminho percorrido por ele até aquele momento, de coroamento de sua profícua carreira, Sua Excelência arrematou com a seguinte frase “Que linda trajetória, Umberto”. E realmente foi!
Finalizo essas breves considerações, fazendo referência a um dos inúmeros pensamentos do saudoso D. Hélder Câmara, que sempre foi muito pontual e sábio ao emitir seus posicionamentos sobre a vida de uma forma geral. O título do pequeno texto é “ATÉ O FIM”. Abro aspas para D. Hélder:
“NÃO; NÃO PARES,
É GRAÇA DIVINA COMEÇAR BEM.
GRAÇA MAIOR PERSISTIR NA CAMINHADA CERTA.
MANTER O RITMO…
MAS A GRAÇA DAS GRAÇAS É NÃO DESISTIR.
PODENDO OU NÃO PODENDO,
CAINDO EMBORA AOS PEDAÇÕES,
CHEGAR ATÉ O FIM…”
Parabéns por não ter desistido, Umberto!
Muito obrigado!
Mensagem em poesia de Raimar Redoval de Melo
O CONSELHEIRO UMBERTO
NO TRIBUNAL INGRESSOU
E AQUI BEM DEMONSTROU
COMO SE FAZ O QUE É CERTO
PROVANDO SER BEM ESPERTO
AO FAZER AUDITORIA
TRABALHANDO EM SINTONIA
COM NORMAS, REGRAS E LEIS
PARA TENTAR NÃO DAR VEZ
A QUEM RECURSOS DESVIA
NÓS GUARDAMOS NA LEMBRANÇA
A ÉPOCA DE ANALISTA
UMBERTO LOGO CONQUISTA
POSIÇÃO DE LIDERANÇA
PASSA MUITA SEGURANÇA
A TODA CATEGORIA
QUANDO PRECISAVA, AGIA
TAMBÉM FORA DA LABUTA
A FRENTE DE NOSSA LUTA
UNINDO A AUDITORIA
CONDUZIU O SINDICATO
HÁ MUITO TEMPO ATRÁS
ELE MOSTROU SER SAGAZ
SEM DEIXAR DE SER SENSATO
E QUANDO OCORRIA UM FATO
SEJA CLARO OU OBSCURO
NINGUÉM SUBIA NO MURO
POIS ESTAVA BEM PRESENTE
ESSE GRANDE DIRIGENTE
UMBERTO PORTO, SEGURO
CONHECEMOS O DISCURSO
O QUE É BOM, POUCO DURA
EM NOVA INVESTIDURA
DECORRENTE DE CONCURSO
SEM PERMITIR NENHUM RECURSO
UMBERTO SAIU PELA FRENTE
DEIXANDO A CORTE CARENTE
DE SUA PRESENÇA QUERIDA
BUSCANDO NOVA GUARIDA
EM SERVIÇO DIFERENTE
MAS, TAMBÉM DIZ O DITADO
BOM FILHO A CASA RETORNA
E COMO FERRO EM BIGORNA
AINDA MAIS BEM MOLDADO
VOLTOU PARA NOSSO LADO
CONTINUA COMPANHEIRO
SE DEDICA POR INTEIRO
NÃO ARREDA UM MINUTO
O ANTES SUBSTITUTO
AGORA É CONSELHEIRO
DEMONSTRA SUA BONDADE
TAMBÉM NO DIVERTIMENTO
BUSCANDO TODO MOMENTO
CONQUISTAR A AMIZADE
O QUE FALAMOS É VERDADE
QUANDO ELE TIRA A GRAVATA
NÃO PENSEM QUE ELE RECATA
OU BOTA A BARBA DE MOLHO
VAI LOGO ABRIR O OLHO
DAQUELE VELHO PIRATA.
JÁ ESTAMOS COM SAUDADE
NÃO DO CABELO GRISALHO
SIM DO BELO TRABALHO
DA GRANDE CAPACIDADE
TAMBÉM DA HONESTIDADE
DESSE COLEGA INCRÍVEL
MAS, LOGO VEM O ALÍVIO
POIS, PELO QUE CONHECEMOS
SE DEUS QUISER, NÓS TEREMOS
ELE PERTO, NO CONVÍVIO
FICARÃO APOSENTADOS
APENAS GRAVATA E TERNO
POIS, O BOM TAMBÉM É ETERNO
NA MENTE DOS SEUS CHEGADOS
OS CAMINHOS BEM ANDADOS
OS EXEMPLOS CONSTRUÍDOS
DEVEM SEMPRE SER SEGUIDOS
NA VIDA E NA PROFISSÃO
ACEITE AQUI NOSSO IRMÃO
AGRADECIMENTOS DEVIDOS