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Produtor cultural realizou experimento de Ciberteatro

por publicado: 17/10/2017 21h05 última modificação: 17/10/2017 21h12
Divulgação Aluizio, autor do primeiro espetáculo neste formato, intitulado ‘Ser e Não Ser’, foi apresentado no Centro de Informática da UFPB

Aluizio, autor do primeiro espetáculo neste formato, intitulado ‘Ser e Não Ser’, foi apresentado no Centro de Informática da UFPB


Baseado em um fragmento da peça intitulada 'Hamlet', uma obra clássica no gênero tragédia, cujos historiadores estimam ter sido escrita entre 1599 e 1602 pelo dramaturgo e bardo inglês William Shakespeare (1564 - 1616), 'Ser e Não Ser' foi o primeiro espetáculo de ciberteatro realizado na Paraíba. A encenação - que consiste em uma nova forma de se apresentar, pois utiliza a rede mundial de computadores, se adequando estética e tecnicamente a este meio - ocorreu às 16h do último dia quatro de outubro, em sessão única e gratuita, oferecida pelo Centro de Informática da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a partir do Programa de Pós-Graduação em Computação, Comunicação e Artes. Depois que assistiram, os espectadores foram solicitados pelo autor e diretor, Aluizio Guimarães, a disponibilizarem alguns minutos ao preenchimento de um pequeno questionário destinado à sua pesquisa, ressaltando que essa experiência “é um importante acontecimento para a história do teatro e para a ciência”.

'Ser e Não Ser' é uma obra-experimento resultante da pesquisa sobre o tema 'Subjetividade e representação: o olhar mediado no ciberteatro', do produtor cultural da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), mestrando, dramaturgo e diretor de teatro e cinema Aluizio Guimarães, que também é autor das peças intituladas 'Água Areia' e as 'Maçãs, Inferno, ...e foram felizes para sempre!' e, ainda, do filme 'Borra de Café'. No elenco estão os atores Naiara Misa e Bertrand Araújo. Já os orientadores da pesquisa foram os professores doutores Ed Porto (Informática) e José Tonezzi (Teatro). A coordenação técnica ficou a cargo de Ruan Palmeira.

O trabalho intitulado 'Subjetividade e representação: o olhar mediado no ciberteatro' é fundamentado na multi e interdisciplinaridade e consiste em configurar um conjunto de pesquisa artifícios teóricos, técnicos e tecnológicos, visando incrementar o olhar do espectador do ciberteatro. A partir desta conformação, o intuito é possibilitar novos olhares, construções cênicas, poéticas e narrativas. A partir de observações, experimentações e pesquisa bibliográfica, discute-se a possibilidade de uma solução mesclando o conceito de ciborgue com princípios da fotografia cinematográfica e, com isto, criando Ciborgues Ópticos que funcionem como instrumentos de interface para o espectador em sua relação para com as ações que se dão em cena.

Para que o espetáculo tenha sido, efetivamente, colocado em prática, foi necessário à equipe criar um software (Personal Switcher), que facilita a interação do ciberespectador com a obra, possibilitando a interatividade. O intuito, com isso, é tentar perceber até que ponto este cenário pode colaborar para o surgimento de novos recursos narrativos e estéticos, assim como outras condições que levem à imersão no ciberteatro e, também, estejam voltadas a outras artes da cena no ciberespaço.

Quanto ao espetáculo escrito por Shakespeare, o protagonista da trama é o Príncipe Hamlet de Dinamarca, filho do recentemente morto Rei Hamlet e sobrinho do Rei Cláudio, irmão e sucessor de seu pai. Após a morte do Rei Hamlet, Cláudio casa-se apressadamente com a então viúva Gertrudes, mãe do príncipe. A peça conta o sofrimento de Hamlet ao descobrir que o tio matou seu pai e se casou com a mãe para obter o trono da Dinamarca, ameaçado pelo reino da Noruega, tanto que paira no ar a expectativa de uma suposta invasão liderada pelo príncipe norueguês Fortinbras. No enredo estão alguns dos diálogos e frases mais célebres e clássicas escritas pelo bardo inglês, a exemplo de “ser ou não ser, eis a questão”; “há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a sua filosofia”; “há algo de podre no Reino da Dinamarca” e, ainda, “o resto é silêncio”.

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