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Medicamento à base de maconha poderá ser produzido na Paraíba

por publicado: 14/11/2018 14h13 última modificação: 14/11/2018 14h51
Divulgação MPF, UFPB e Lifesa mantêm tratativas para convênio que permitirá produção do medicamento

MPF, UFPB e Lifesa mantêm tratativas para convênio que permitirá produção do medicamento


Em reunião na sede do Ministério Público Federal (MPF), em João Pessoa, representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), do Laboratório Industrial Farmacêutico da Paraíba (Lifesa) e da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), órgão do MPF, prosseguiram com tratativas para celebrarem convênio que permitirá a fabricação de medicamento a partir da maconha. A reunião ocorreu na sexta-feira, 9 de novembro de 2018.

A ideia, segundo o procurador regional dos Direitos do Cidadão, José Godoy Bezerra de Souza, é que seja plantada maconha na UFPB e a erva seja utilizada pelo Lifesa, laboratório oficial do estado, para produzir medicamento com padrão farmacêutico. “Um dos próximos passos é solicitar autorização de cultivo da planta pela UFPB e a fim de que a universidade e o Lifesa desenvolvam pesquisa para registro do medicamento perante a Anvisa”, adiantou José Godoy.

As tratativas para a produção do medicamento em escala laboratorial, em parceria com a UFPB, já ocorrem há mais de um ano. Em maio de 2017, a vice-presidente da Liga Canábica, Sheila Geriz, informou que a liga estava trabalhando numa parceria para que a universidade cultivasse a cannabis, produzisse os óleos e começasse a fazer estudos clínicos com os pacientes que já utilizam os óleos extraídos da maconha.

Além do procurador da República José Godoy, participaram da reunião o diretor do Lifesa, Sérgio Augusto da Motta, a professora do Departamento de Fisiologia e Patologia da UFPB, Katy Lísias Gondim Dias de Albuquerque e a coordenadora de convênios da UFPB, Verônica Lins de Araújo Macedo.

Eficácia do medicamento

Documentos médicos e artigos científicos indicados pelo MPF em ação judicial, que já garantiu o cultivo da maconha na capital da Paraíba, exclusivamente para fins medicinais pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), apontam inexistir dúvidas sobre a eficácia do uso dos óleos da cannabis no tratamento de crises epilépticas e outras doenças. Seu uso já é autorizado em vários países como Inglaterra, Nova Zelândia e Canadá e em mais de 20 estados americanos.

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