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Novo tratamento beneficia pacientes com hepatite C

por publicado: 19/04/2018 00h05 última modificação: 19/04/2018 01h57
Exibir carrossel de imagens Evandro Pereira Complexo Hospitalar Clementino Fraga, em João Pessoa, realiza diagnóstico sobre hepatites virais.

Complexo Hospitalar Clementino Fraga, em João Pessoa, realiza diagnóstico sobre hepatites virais.


José Alves

Os pacientes com diagnóstico de hepatite C ganharão em breve o protocolo clínico para tratamento e diagnóstico da doença. Trata-se de um documento criado pelo Ministério da Saúde que disponibiliza novos medicamentos para tratamento da hepatite C, que tem taxa de resposta superior aos medicamentos já existentes. A novidade sobre os novos medicamentos que serão disponibilizados através do PCTD, no Estado da Paraíba foi repassada pelo médico infectologista do Hospital Universitário Lauro Wanderley e professor assistente da UFPB, Francisco Bernardino da Silva Neto.

Em João Pessoa, o Complexo Hospitalar de Doenças Infecto-Contagiosas Clementino Fraga continua realizando diagnóstico sobre hepatites virais. O objetivo é encaminhar os pacientes com a doença para tratamento adequado que também é feito no próprio Clementino e no Hospital Universitário Lauro Wanderley.

Segundo dados da Secretaria da Saúde, entre os anos de 2007 a 2017, foram registrados, em toda a Paraíba, 2.878 casos de hepatite A; 1.235 de hepatite B e 1.526 de hepatite C, sendo 535 casos confirmados e 991 contatos com o vírus.

Bernardino informou também que as hepatites são provocadas por diversos vírus e os principais são os vírus hepatrotópicos. Dentre esses temos o vírus da hepatite A, B, C, D e E. A transmissão das hepatites A e E ocorrem por via fecal, oral (água contaminada) e não são considerados estritamente DSTs.

Já o vírus da hepatite B, C e D está relacionado ao contato com material contaminado, geralmente sangue e secreções. Por isso, está relacionado a relação sexual e a alguns procedimentos como tatuagens, piercing, seringas compartilhadas entre usuários de drogas, além de tesouras e cortadores de unha, em salões de beleza, caso não sejam esterilizados.

Quanto ao quadro clínico, segundo o médico, existem duas formas de hepatites: a crônica e a aguda. Os pacientes, que têm o quadro de hepatite aguda, apresentam quadro de alteração da cor da pele, sintomas como dor abdominal, vômitos, febre, alteração na coloração das fezes e escurecimento da urina. Algumas dessas hepatites, principalmente a B e C, podem evoluir para cronicidade, ou seja, o paciente pode ficar infectado cronicamente. E é nesse nível onde está o maior risco e é uma doença que evolui silenciosamente.

"Nesse estágio, o paciente pode evoluir para o quadro de cirrose, e com todas as consequências do quadro crônico da doença ele pode contrair câncer de fígado. O grande problema é que isso evolui durante anos de forma assintomática, ou seja, sem o paciente sentir nada. Na hepatite crônica, o paciente pode se tratar gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS). Na hepatite C, o paciente pode ser curado, mas na hepatite B não há cura. O paciente pode ficar em tratamento permanente e sobreviver com a doença".

Ele disse que para você saber se tem algum tipo de hepatite, os testes na Paraíba são amplamente disponíveis, a partir das Unidades Básicas de Saúde ou Distritos Sanitários. Em todos esses lugares as pessoas podem realizar exames. Em João Pessoa o hospital referência é o Clementino Fraga, que possui ambulatório específico para diagnóstico e tratamento específico. O Hospital Universitário também é muito procurado pelas pessoas para exames de hepatites virais e tratamento.

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