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'Atos terroristas' Cida Ramos representa contra deputados no MPF

por publicado: 11/01/2023 12h12 última modificação: 11/01/2023 12h12
Exibir carrossel de imagens Foto: Acessoria/Cida Ramos Cida quer saber quem incentivou e patrocinou atos terroristas

Cida quer saber quem incentivou e patrocinou atos terroristas

por Iluska Cavalcante*

 

A deputada estadual Cida Ramos (PT) entrou com uma ação no Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado estadual Walber Virgolino (PL) e o ex-candidato a governador, Nilvan Ferreira (PL). Ela os acusa de incitar, através das redes sociais, os atos de vandalismos que aconteceram em Brasília no último domingo (8).

Em entrevista ao Jornal A União, Cida Ramos disse que tem o objetivo de descobrir quem motivou, incentivou e financiou a ida dos paraibanos que participaram dos crimes no Distrito Federal.
A parlamentar acusou Walber Virgolino e Nilvan Ferreira de criarem provas contra eles mesmos nas redes sociais, incentivando a população a praticar os atos terroristas. “Eles produziram provas contra eles, e a gente quer saber e quer que se apure quem financiou esses ônibus, inclusive os que saíram da Paraíba. Tem 50 paraibanos presos (em Brasília), eles foram como? É preciso descobrir se receberam diárias, quem financiou isso?”.

Cida comentou, ainda, o fato do deputado não assinar a nota de repúdio contra os atos, lançada pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Ela afirmou que respeita os posicionamentos contrários do colega parlamentar, mas não vai aceitar que ele incite crimes contra o país.

“O que eu entrei (na Justiça) foi em função dele apoiar atos terroristas que atentam contra o estado brasileiro, contra a democracia e os Poderes, isso não é tolerável. Uma coisa é a liberdade de expressão que ele tem de não assinar nota da Assembleia, de dizer que é a favor de Bolsonaro, isso está dentro do aceitável do ponto de vista da liberdade de expressão, mas a partir do momento em que ele conclama esses atos, entra em outra seara”, disse.

A petista alegou, ainda, que a ação realizada por ela representa o povo paraibano. “Eu quero deixar claro que essa não é uma luta do PT, dos partidos de esquerda, é do povo brasileiro, é contra a barbárie. A sociedade espera isso, eu apenas expressei, eu sou a expressão do desejo de milhares de pessoas. Foi uma demanda da população”.

Em suas redes sociais, Walber Virgolino rebateu as críticas afirmando que Cida Ramos não teria “moral” para repreendê-lo, e proferiu uma série de acusações à deputada. “Pense numa ‘agente política’ que tem moral para acusar alguém de cometer crimes. Já está virando piada essa inversão de valores que o comunismo quer implantar no Brasil e na Paraíba”, escreveu o deputado , Walber Virgulino.

A reportagem de A União tentou entrar em contato com Nilvan Ferreira, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Na Câmara
As bancadas do Partido dos Trabalhadores (PT) e Psol na Câmara dos Deputados entraram com representações junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que parlamentares e suplentes que participaram dos atos terroristas sejam impedidos de assumir vaga na Casa. A ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório (PSC), foi incluída no pedido. Ela é suplente de deputada federal.

A reportagem de A União tentou entrar em contato com Pâmela Bório, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 11 de janeiro de 2023.

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