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Seca e conflito expulsam 1 milhão de somalis de seus lares em 2017

por publicado: 18/10/2017 20h05 última modificação: 18/10/2017 20h40
Unicef Somália Acampamentos improvisados abrigam milhares de pessoas que deixaram suas casas em comunidades rurais onde não há mais água

Acampamentos improvisados abrigam milhares de pessoas que deixaram suas casas em comunidades rurais onde não há mais água


Da Agência EFE

Mais de um milhão de pessoas fugiram dos seus lares neste ano devido à grave seca e ao conflito na Somália, onde mais de 6,2 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária, informou nesta quarta-feira (18) o Conselho de Refugiado Norueguês (NRC).

Além disso, mais de 3,1 milhões estão em situação crítica e 388 mil menores de cinco anos sofrem desnutrição aguda, explicou a ong em comunicado.

“Estamos alarmados com as dimensões desta crise, na qual cerca de 3.500 pessoas fogem por dia dos seus lares em busca de comida e água para manter-se com vida”, disse a diretora regional do NRC, Gabriella Waaijman, que comparou esse êxodo em massa com o ocorrido na última crise de fome de 2011, quando morreram 260 mil pessoas.

Apenas em setembro deste ano, cerca de 49 mil pessoas fugiram dos seus lares, a maioria das quais se deslocaram a acampamentos amontoados em áreas urbanas.

Muitas comunidades rurais da Somália se transformaram em cidades fantasmas após as colheitas falidas e a morte do gado, que deixou a população sem reserva de alimentos.

“Abandonei o trabalho na nossa fazenda de um hectare devido à falta de água. Os rios estavam secos, não havia nenhuma gota de água em nenhuma parte. Cavamos o solo para buscar água subterrânea, mas não encontramos nada”, disse à NRC uma somali da região de Shabelle, Asha Ali Hussein.

Numerosas organizações internacionais insistem, no entanto, que com apoio financeiro ainda há tempo de evitar que se repita a situação de emergência humanitária que se viveu em 2011.

Além disso, ainda que a seca tenha sido a principal causa de deslocamento na Somália este ano, a atividade do grupo terrorista Al Shabab, que pretende instaurar um estado islâmico radical, também provocou numerosos deslocamentos.

No sábado passado um duplo atentado com caminhão-bomba matou pelo menos 315 pessoas e deixou 400 feridos em Mogadíscio.

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