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Município tem tradição religiosa

Devotos de Nossa Senhora da Conceição, os cuiteenses expressam sua religiosidade e fé pela padroeira da cidade

por publicado: 30/01/2023 13h27 última modificação: 30/01/2023 13h27
Exibir carrossel de imagens Foto: Aldo Junior Considerada uma cidade tranquila e pacata, Cuité de Mamanguape tem uma população estimada de 6.360 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Considerada uma cidade tranquila e pacata, Cuité de Mamanguape tem uma população estimada de 6.360 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

por Mayra Santos*

 

Dotado de um povo hospitaleiro, Cuité de Mamanguape é um município pequeno, mas aconchegante. Recém-formado, este ano, completará 29 anos de emancipação política. Devotos de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município, o cuiteense é um povo simples que expressa a religiosidade e a fé pela Imaculada. De acordo com o IBGE (2021), a população estimada do município é de 6.360 habitantes, sendo uma cidade tranquila e pacata. 

Religiosidade

A cultura da localidade se expressa pela religiosidade, o que é muito forte na região. A festa da padroeira da cidade acontece no dia 8 de dezembro e se estende até do dia 18, sendo uma celebração tradicional, com diversos eventos religiosos no decorrer dos dias, a exemplo da procissão. Além disso, outra festa que é destaque entre os cuiteenses, é a emancipação política, que é comemorada no dia 5 de maio.

As opções de lazer na cidade são escassas, mas no centro da cidade pode ser vista a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição que é o cartão-postal da cidade e que representa não só a religiosidade desse povo, como também a cultura. A igreja é simples e pequena e fica em frente à praça homônima ao templo.

Igreja Nossa Senhora da Conceição - Foto Aldo Junior.JPG
A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição fica em frente à praça central da cidade

Serviço público e comércio são fontes de emprego e renda

O ex-distrito de Mamanguape se tornou independente em 5 de maio de 1994 e está localizado no Litoral Norte, a 72 km de João Pessoa, capital da Paraíba. A Bacia Mamanguape, Rio Cuité, Ribeiro, Guariba e Rio dos Marcos formam a hidrografia de Cuité. Com uma extensão territorial de mais de 108 quilômetros quadrados, o município limita-se ao norte com Itapororoca; ao sul, com o município de Sapé; a leste, com o município de Capim; e a oeste com Araçagi; e ao sul com o município de Mari.

Com relação à economia local, o serviço público e o comércio, que vem se desenvolvendo no centro da cidade, são fontes geradoras de emprego e renda para as famílias. O salário médio mensal no município era de 1,8 salários mínimos, em 2020, em relação aos trabalhadores formais, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, 363 cuiteenses estavam ocupados em 2020, o que presente 5,7% da população local.

Além do mais, a agricultura também é desempenhada pela plantação de cana-de-açúcar e abacaxi, embora seja menos expressiva que as demais formas de movimentação econômica na cidade. A feira livre também faz parte da cultura e economia local e acontece sempre aos domingos, sendo uma forma de abastecer as famílias cuiteenses.

Quanto ao esporte, a prática vem tentando se fortalecer com a promoção de torneios de futebol pela prefeitura, entre crianças e adolescentes no Estádio Luiz Pereira Rodrigues, O Pereirão. Além disso, a prefeitura local vem tentando agora inserir uma nova modalidade esportiva, o futsal, sendo uma alternativa de lazer.

Com ar bucólico e sossegada, as ruas da cidade receberam no últimos dois anos, pavimentação para melhorias na mobilidade urbana. Em 2020, o Governo do Estado, por meio da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento (Suplan), concluiu a pavimentação de quatro ruas em Cuité de Mamanguape. Foram pavimentadas as Ruas Projetada 01, Projetada 02, Projetada 03 e a Bela Vista, o que correspondeu a um investimento de mais de R$ 380 mil.

A vegetação do município consiste na Caatinga e na Mata Atlântica, segundo o IBGE.

Origem da cidade se deu com a criação de três fazendas

Cuité  de Mamanguape tem em suas principais famílias fundadoras os Corrêa, Bêco e Gerônimos. A família Corrêa era descendente de fugitivos de Fernando de Noronha, a qual teve acesso através do porto de Mamanguape, de acordo com o secretário de Turismo e Cultura, Uilangle Correia. As atividades existentes da época eram basicamente a cana-de-açúcar, o milho, a mandioca e o feijão.

Portal de Cuité de Mamanguape - Foto Aldo Junior.JPG
O ex-distrito de Mamanguape se tornou independente no dia 5 de maio de 1994
Além disso, contou que inicialmente a região foi frequentada por navegantes franceses, antes da colonização da Paraíba, em 1575. A origem da cidade se deu com a criação de três fazendas: Faço Sempre, que pertencia a Chica Gorda e, por isso, o povoado foi chamado, na época, de Cuité da Chica Gorda. A partir daí, surgiram outras fazendas onde foram construídos engenhos. Na época, as atividades limitavam-se à produção de cana-de-açúcar, milho e feijão.

Entre os séculos 16 e 17, com o estabelecimento da colonização portuguesa, o pernambucano Duarte Gomes da Silveira interessou-se pelo progresso da região. Assim, os portugueses iniciavam o aldeamento dos índios potiguaras e o levantamento de engenhos, quando se deu a invasão holandesa causando o abandono da aldeia que seria da região.  Ali se estabeleceram os jesuítas e reconstruíram a antiga aldeia dos índios, que foi acrescida de colonos portugueses.

O primeiro automóvel visto em Cuité foi em 1926, de propriedade do senhor Severino Helai, em visita à família Bêco. O segundo automóvel a visitar Cuité, era de propriedade de Franco Correia, em 1928.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 29 de janeiro de 2023.

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